Com \”O que a casa criou\” e \”O réptil melancólico\”, os autores Diogo Monteiro e Fábio Horácio-Castro, respetivamente, são os sucessores de Tônio Caetano e Caê Guimarães, que venceram este mesmo galardão em 2020.
O livro de contos \”O que a casa criou\”, de Diogo Monteiro, e o romance \”O réptil melancólico\”, de Fabio Horácio-Castro, serão lançados oficialmente através de uma live no dia 08, às 19 horas (22 horas em Lisboa), um evento virtual promovido pelo Sesc e pela Record, parceiros neste importante prémio dedicado a encontrar novos autores brasileiros desde 2003. O encontro será transmitido pelo Facebook e YouTube.
“Filiando-se à tradição de Machado de Assis, pela complexidade ambígua dos personagens, e de Guimarães Rosa, enquanto mítico narrador entre mundos, Diogo Monteiro entra em cena para ocupar a cadeira de honra entre os grandes contadores de histórias.” — Heloisa Prieto, escritora
Sinopse:
\”O que a casa criou\” é um livro sobre o espanto. Todos os seus dezasseis contos, inclusive o que dá nome ao volume, tratam, de alguma forma, a possibilidade de encontrar o inusitado a qualquer momento, na virada de uma esquina ou no abrir de uma porta.
As histórias desta coletânea, desenvolvidas pelo autor ao longo dos últimos dez anos, evitam as “certezas cimentadas” e apresentam um toque de realismo fantástico.
Dialogando sobre a fragilidade do real e do nosso confortável conceito de realidade, \”O que a casa criou\” reflete sobre como a quebra dessa normalidade age sobre pessoas, lugares e coisas.
E, ainda, nas palavras de outra escritora, Ivana Arruda Leite: “Diogo Monteiro se apresenta como um autor digno de figurar ao lado dos melhores nomes da literatura brasileira contemporânea.”
No dia 10 de novembro, é a vez do pernambucano Diogo Monteiro ter o seu lançamento presencial na cidade de Recife.
Na live, os premiados autores apresentarão as suas obras ao público e falarão sobre a expectativa em relação ao seu ingresso no mercado editorial. Os vencedores vão dialogar ainda sobre o conteúdo dos seus livros, a trajetória de cada um deles na literatura e como conduzem o processo criativo. Além de ler trechos dos seus livros durante o evento.
\”\’O réptil melancólico\’ nos enseja um mundo de percepções inegavelmente corajosas e necessárias.” – Luci Collin, poeta e ficcionista
Sinopse:
\”O réptil melancólico\”, romance de estreia de Fábio Horácio-Castro, traz uma realidade alternativa, em que o estado do Pará permaneceu como colónia portuguesa até os anos 1960.
Quando a Ditadura Militar, após negociar com Portugal, toma o controle da colónia paraense, alguns personagens são forçados a saírem de Belém e se exilarem em busca de segurança.
O livro narra o regresso de Felipe para a sua cidade após o longo período de exílio, levado pela sua mãe, perseguida e torturada pelo regime militar brasileiro.
Nesta sua volta às origens, Felipe restabelece contato com a família paterna, especialmente com o primo Miguel, que está deixar a cidade. Nesta história de repressão, regresso e fuga, os dois primos vivem exílios opostos.
Já para o romancista Marcos Peres, que assina a quarta capa, “[A obra] é enorme por transitar entre nichos, por desdenhar dos rótulos. É Literatura, maiúscula, que acolhe e rompe, que blasfema e redime. E, neste pequeno altar, ajoelho-me, catalogo-me na posição de leitor maravilhado”.
Haverá também um lançamento presencial em Belém, marcado para o dia 12 de novembro, com o autor paraense Fábio Horácio-Castro.
Neste lançamento virtual, o público poderá igualmente rever os vencedores da edição de 2020, Caê Guimarães e Tônio Caetano, que participarão do debate com os novos autores. Eles vão contar as suas experiências e como o Prêmio Sesc de Literatura contribuiu para divulgar os seus trabalhos.
Foto: Diogo Monteiro e Fábio Horácio-Castro por Felipe Ferreira
Sobre os autores:
Diogo Monteiro é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Como jornalista, foi repórter e editor no jornal Folha de Pernambuco e hoje trabalha em análise de pesquisas e estratégia de comunicação. Como autor, participou das coletâneas de contos \”Tempo bom\” e \”Abrigo\”. Em 2021, lançou o livro ilustrado \”Relógio de sol\” e venceu o Prêmio Sesc de Literatura na categoria Conto com \”O que a casa criou\”.
Fábio Horácio-Castro tem 53 anos e é paraense de Belém. É docente e pesquisador na Universidade Federal do Pará (UFPA), lecionando no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos e na Faculdade e Pós-Graduação de Comunicação dessa instituição. É autor de ensaios e artigos científicos, publicações que assina com o nome Fábio Fonseca de Castro. Possui doutorado em Sociologia pela Universidade de Sorbonne/Paris V e pós-doutorado pela Universidade de Montreal. Em 2021, venceu o Prêmio Sesc de Literatura na categoria Romance com \”O réptil melancólico\”.
Sugestões de Leitura:
Leitores residentes no Brasil:
\”O que a casa criou\”, de Diogo Monteiro (Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2021, na categoria de Contos, Editora Record, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/o-que-a-casa-criou-1-ed-2021/artigo/aa45e4a5-e41f-4c95-850a-965505008367
“O réptil melancólico”, de Fábio Horácio-Castro (Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2021, na categoria de Romance, Editora Record, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/o-reptil-melancolico-1-ed-2021/artigo/c188c5de-103a-4461-b39e-d91d0205a748
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