Prestes a completar 50 anos, Valter Hugo Mãe chegará ao oitavo romance ainda este mês com “As doenças do Brasil”

No dia em que o Brasil comemora mais um aniversário da sua independência, e no ano em que Valter Hugo Mãe está prestes a completar meio século de vida, ficamos a saber que ele se prepara para editar em Portugal, \”As doenças do Brasil\”, o seu oitavo romance, pela Porto Editora. O novo livro chega a 23 de setembro Às livrarias portuguesas e, para coincidir com o aniversário do autor, o lançamento decorrerá dois dias depois na cidade do Porto.

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Fonte: Porto Editora

Editado pela Porto Editora, \”As doenças do Brasil\” decorre num território e comunidade (dos abaetés) imaginários, algures na Amazónia, há 200 ou 300 anos. O título é uma referência ao Sermão da Visitação de Nossa Senhora, de Padre António Vieira, que fala sobre “a causa original das doenças do Brasil: tomar o alheio, cobiças, interesses, ganhos e conveniências particulares, por onde a justiça se não guarda, e o Estado se perde”.

O romance narra a história de “duas figuras inesquecíveis”, Honra e Meio da Noite, dois “rapazes peculiares” — um deles fruto da violação de um branco a uma abaeté e o outro um negro –, “que, ao abrigo das aldeias gentis dos abaeté, estabelecem uma cumplicidade para certa ideia de defesa”.

“A ‘fera branca’ quase exterminou os povos originários do Brasil. Ao longo de séculos, os brancos mataram aqueles que não podiam escravizar. A dada altura, em fuga, muitos negros encontraram ao acaso os povos de peles vermelhas e tantas vezes o entendimento e a paz aconteceram”, diz a sinopse.

Uma “delicadíssima história de resistentes”, o novo romance de Hugo Mãe é, nas palavras da editora, uma “exuberante aventura das palavras e da imaginação em busca da hipótese da paz”.

Para os leitores de Valter Hugo Mãe que vivem no Brasil, neste momento, ainda não tenho qualquer informação ou data sobre o lançamento deste novo livro pela Biblioteca Azul.

\”As doenças do Brasil surge oito anos depois de \”A Desumanização\” e cinco anos após \”Homens Imprudentemente Poéticos\”, sendo que o primeiro foi publicado em 2013, tendo sido finalista do Prémio Oceanos, e o segundo chegou em 2016. Além disso, o autor lançou, no ano passado, um livro com as memórias da sua infância em Paços de Ferreira e nas Caxinas. Recentemente, \”Contra Mim\” venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da APE no passado mês de junho.

Foto: Valter Hugo Mãe por José Coelho

Sobre o autor:
Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em países como o Brasil, a Alemanha, a Espanha, a França ou a Croácia. Publicou sete romances: “Homens Imprudentemente Poéticos”; “A Desumanização”; “O Filho de Mil Homens”; “A Máquina de Fazer Espanhóis” (Grande Prémio Portugal Telecom Melhor Livro do Ano e Prémio Portugal Telecom Melhor Romance do Ano); “O Apocalipse dos Trabalhadores”; “O Remorso de Baltazar Serapião” (Prémio Literário José Saramago) e, ainda, “O Nosso Reino”. Adicionalmente, escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: “Contos de Cães e Maus Lobos”, “O Paraíso são os Outros” e “As Mais Belas Coisas do Mundo”.  Já neste ano de 2020, publicou “Sempre Serei o teu Abrigo” e, mais recentemente, “Contra Mim”, o seu novo livro. Numa carreira que já tem mais de duas décadas, a poesia, o género pelo qual começou, encontra-se reunida no volume “Publicação da Mortalidade”. Actualmente, escreve a crónica “Autobiografia Imaginária” no JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias.

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Boas leituras!

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