Qual seria a relação da língua com a tradução? Seria uma relação irrelevante? Afinal, a língua precisa da tradução? Normalmente nem paramos para pensar sobre isso, ou pior, até julgamos a tradução e o processo tradutório sem nem sequer termos ideia da sua importância. Vamos começar pensando na língua, pois por causa dela poderemos entender um pouco da importância da tradução.
Uma língua que não é traduzida tende a desaparecer, visto que, sem tradução, aos poucos, ela perde a sua força, o seu alcance e deixa de ser relevante em termos de relações sociais, econômicos e culturais. A língua não é apenas um sistema de símbolos e sons, a língua é cultura, identidade, perspectiva e, embora pareça uma visão filosófica, vários estudos comprovam que a nossa língua determina grande parte dos nossos costumes e a forma como vemos e interpretamos o mundo.
Aprendemos as coisas de acordo com a nossa perspectiva de mundo, e com a língua não é diferente. Imagine como seria se a sua língua não pudesse ser traduzida, visto que aprendemos outros idiomas com base na nossa própria visão e vivência sociolingüística. Como você poderia aprender outro idioma que não fosse o seu? Nada fora do contexto da sua língua existiria para você.
Podemos concluir, então, que a relação da língua com a tradução é uma relação vital, uma relação de sobrevivência, algo totalmente relevante. Uma língua que é traduzida é uma língua viva, é uma língua passível de evolução, história e continuação, uma vez que, se é traduzida, é porque está em uso, é importante dentro de algum contexto, em alguma esfera. Por isso, dizemos que uma língua precisa da tradução – não para existir –, mas para sobreviver.
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Boas leituras!